domingo, 28 de novembro de 2010

Calistenia e bike Speed.


Ontem tive mais um daqueles momentos nostalgia - filmes dos anos 80. Assisti Flashdance (1983), famoso filme/musical. Todas as meninas frequentadoras de balé ou não, jamais vão esquecer (lembro da minha irmã fissurada pelo filme).

Para quem não assistiu ainda, conta a história de uma 'mulher' de 18 anos, que tem o dom de dançar, e seu sonho é largar o trabalho de soldadora de indústria matalúrgica para tornar-se uma dançarina famosa. A trama segue essa sinópse com várias músicas marcantes dos anos 80, além das polainas até os joelhos.

Por mais que eu tenha visto o filme despretenciosamente, sempre vemos algo com os olhos profissionais, ainda mais quando se trata de movimento. O tipo de dança que ela empregava era a Calistenia, famosos exercícios que juntavam música com exercícios aeróbios (início dos anos 80). A Calistenia tornou-se o que é chamado hoje de Ginástica Aeróbia, muito conhecido dentro das academias no mundo inteiro. Este filme foi uma revolução para as academias de ginástica aqui do Brasil, lembram-me os professores mais velhos com quem trabalhei. Foi febre.

No filme a protagonista Jennifer Beals trabalha durante o dia numa metalurgica, e ela vai até o trabalho com uma bike Speed. Aquela bike mais "magrelinha", bem fininha, de corrida. Quando foi lançado o filme, além das músicas pop, das polainas, do cabelo armado... a bike Speed também era uma febre entre os atletas.

Não tenho muita certeza da história da Speed nos EUA, mas foi lançado no início dos anos 70. A primeira bike com marchas (câmbio). Revolucionou a categoria.


No Brasil a Caloi lançou em 1973 a Speed Caloi 10. Pioneira no país, todos queriam ter a Caloi 10, e ainda lí que ela era tão conhecida que quando pessoas pensavam em bikes Speed, já vinham o nome Caloi 10 em mente (como Xerox, Bombril, etc).

Quando comprei minha última bike, em 2008, pesquisei por várias lojas da cidade para encontrar a 'perfeita'. Em uma dessas lojas, estava exposta uma reedição da Caloi 10 em preto e dourado. Uma bike com história, mas que hoje já não acompanhou seus concorrentes (é a mesma coisa que perguntar para o seu pai sobre os carros esportivos da juventude dele... o cara quase chora quando lembra). Acabei nem comprando a Caloi 10, mas foi por pouco.

Se eu tivesse visto esse filme um dia antes, eu teria ela pindurada na parede do meu quarto hoje!

Nenhum comentário:

Postar um comentário