Na edição do dia 14 de Abril da Revista Veja, na matéria relacionada sobre Saúde, saiu uma reportagem sobre Epilepsia. Para as pessoas que não sabem exatamente do que se trata a doença, veja um trecho da reportagem abaixo:
"Tratamentos mais precisos e novas frentes de pesquisa estão mudando o perfil dos pacientes com epilepsia. Hoje, 90% deles conseguem se livrar das crises."
Reportagem: Adriana Dias Lopes - Veja
"...a crise de epilepsia é uma experiência aterradora. Sua vítima perde o controle sobre os movimentos, as sensações e os sentimentos..."
Isso que está escrito no início da reportagem é verdade, mas não há necessidade de pânico no momento do socorro à vítima.
Primeiramente, para esclarecer uma das principais dúvidas sobre o caso, se não a maior delas, a porcentagem de cura entre pacientes é de:

Levando em consideração que a doença tem cura, já podemos ficar aliviados em relação às incertezas. A vítima nunca sabe quando acontecerá uma crise, ou os sintomas são mínimos para previnir-se.
Antes de comentar sobre a doença na prática do esporte, gostaria de enfatizar sobre os primeiros socorros. Nunca deve-se colocar o dedo na boca da vítima pra desenrolar a língua. Não existe a possibilidade de enrolar a língua, sendo que ela está presa (anatomia) e a força exercida na mandíbula pela vítima poderá causar graves lesões à falange (dedo), ao ponto de fraturar (já aconteceram casos de mutilação - lenda ou não, melhor não ser um exemplo). A secreção que sai da boca é ocasionada pela contração dos músculos do corpo. Os músculos contém água, quando contraídos pelos estímulos do cérebro, essa água que está no músculo sai pela boca. O importante é apenas colocar a vítima deitada no chão de lado, para escorrer tal secreção.
No esporte:
É importante que o portador de epilepsia fique atento à prática de atividades aquáticas. Uma vez que uma crise ocorra na natação, hidroginástica, entre outras atividades aquáticas, a vítima simplesmente perde a consciência e a probabilidade de engolir água é ENORME. Houveram casos reais de vítimas fatais em piscinas, rios, lagos, mar, etc... portadores de epilepsia.
Fique atento ao seu aluno e faça uma anamnese clínica específica. Caso aconteça algum acidente, o professor esteja atento e preparado para os primeiros socorros. É de extrema importância esse fato (não digo apenas aos professores, mas aos familiares também - em momentos de lazer quando da ciência de alguém com a doença).
Caso queiram saber na íntegra a reportagem e desmistificar mitos sobre a doença, pode-se encontrar a reportagem no site da Veja (veja.com.br) na edição acima descrita ou nos pedir para enviar por e-mail: prorunning@prorunning.com.br
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